Escorre a lágrima,
Escoa o sal.
O sal que seca
E que, de tanto secar,
Fere.
Ferindo, faz chorar
E, chorando, faz curar.
Curar a ferida que maltrata.
Cicatrizando a ferida,
Cessa o choro.
Mas e se o choro não cessar?
E se a ferida não fechar?
E se o sal ficar?
Então, como um rio,
O tempo há de passar
Para a ferida, limpar
E a lágrima, arrastar.
Com ele, o sal, vai levar
Para no mar desembocar.
A dor há de cessar.
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