segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Joana - PARTE 4 (FINAL)

Por Mariana Juer Taragano

Envolvi a cintura de Joana arrastando-a para dentro. Encostei-a contra a parede logo ao atravessar a porta e a beijei, acariciando veementemente seus seios. Joana passou uma mão ao redor de minha nuca e a outra entre as minhas pernas. Nos beijamos, nos acariciamos alguns minutos ali, atrás da porta, como dois alucinados.

Levantei Joana, passando suas pernas em volta da minha cintura e ela me agarrou ainda mais forte enquanto a levava para a cama. Deitei-a sobre a cama lentamente, quebrando aquele ritmo frenético com que nos devorávamos, deitei-me sobre seu corpo e segurei seu rosto com as duas mãos olhando em seus olhos. Joana me olhou também e me perguntou:

- Está tudo bem?

E respondi:

- Não poderia estar melhor, mas quero ir um pouco mais devagar. Tudo bem?

Joana deu um sorriso meigo e disse:

- Com carinho, não é?

Beijei seu rosto, sua boca, curtindo cada pedacinho daquela menina. Tirei sua blusa, subindo desde a barriga com beijos, língua e leves mordidas. Aqueles pelos claros se arrepiavam, o que me excitava ainda mais.

Virei Joana de costas e descobri belas costas. Passei as mãos por elas, sentindo aquela pele macia. E recomecei os beijos, da base de suas costas, segurando o elástico de sua calça, que eu ameaçava tirar, mas ainda não iria fazê-lo. Passei os lábios no início de seu bumbum, e fui subindo. Segurei sua cintura, passei a língua na sua espinha, dei pequenas mordidas e, no meio do caminho, tirei minha camisa. Quando cheguei à sua nuca, meu peito encontrava sua pele e a abracei, sentindo seus seios em minhas mãos, contra a cama.

Eu me roçava em seu bumbum, instigando ainda mais suas fantasias. E ela se empinava para mim, parecia querer vencer as barreiras criadas pelo que ainda tínhamos de roupas. Joana passou uma mão para trás, tentando enfiá-la em minha calça. Lentamente, virei Joana de frente, beijando seus ombros, seu colo, seus seios.

Me ergui, abri meu zíper, peguei sua mão e coloquei dentro da minha calça. Ela me segurou firme e perguntou:

- Por que você ainda não tirou a minha roupa?

E respondi:

- Por que, Joana, eu quero curtir cada pedacinho seu, quero saboreá-la.

Ela me puxou contra seu corpo e me beijou, enquanto empurrava com as mãos, e depois os pés, a minha calça. Puxei sua calça. Ver aqueles quadris, aquela barriquinha e aquela aquele púbis desenhados perfeitamente sob aquela calcinha lilás me surpreendeu ainda mais. Meu coração deu outro salto, me senti mais excitado. Passei as mãos sobre suas coxas, seu quadril, beijei sua barriga e fui descendo, sem tirar a calcinha do lugar. Joana gemia, e sussurrava:

- Eu quero você.

Ela suspirava baixinho, se contorcia. Passei a língua na sua virilha. Ela estava quente, úmida e suada. Eu estava cada vez mais enlouquecido com seu cheiro, seus sussurros, seu gosto. Joana, parecendo não aguentar mais a minha lenta degustação, me puxou pelos cabelos e, me olhando, puxou a alça da calcinha com a outra mão, soltando-a em seguida, num estalar que tinha um significado muito claro. Arranquei sua calcinha, envolvi-a pela cintura e, em um impulso, coloquei-a sentada sobre mim. Nos encaixamos como se fôssemos desenhados para isso. E ela gemeu baixinho em meu ouvido. Passamos horas ali, suando, falando besteiras ao pé do ouvido do outro, curtindo.

Quando tudo parecia estar se acalmando, uma nova onda nos devorava. Essa mulher me beijou e me acariciou com tamanha precisão que acreditei que nunca mais seria capaz de sair daquele quarto. “Nunca mais” já faz uma semana. O que eu faço com essa mulher?

- Sinval, o que você está fazendo? – Pergunta Joana vindo do banheiro, nua, deixando pingos d´água pelo quarto.

- Estou pensando, Joana, sobre uma carta que preciso escrever a um amigo.

- Saudades do amigo?

- Sim.

- Vai me deixar?

- Te deixar, ruivona? Nem pensar. Estou apenas precisando desabafar, pedir conselhos a um velho amigo sobre uma ruiva que acabou de entrar na minha vida, me roubando de todo o resto.

- “Roubando”? Está reclamando?

- Não. – Respondo divertindo-me.

- Esqueça os conselhos, por favor!

- Joana, você me diverte sabia? Do que você tem medo, menina?

- Não quero que isso acabe.

- “Isso” não precisa acabar. Mas eu preciso voltar ao trabalho, e você está perdendo aulas, moça.

- Está reclamando? – pergunta Joana novamente com ares de deboche.

- Joana, sabe o que eu mais gosto em você? Essa sua segurança misturada com seu jeito de menina nessa sobrancelha levantada e nesse sorriso sagaz. Precisamos ir embora.

- Para onde você vai?

- Para minha casa, e você vem junto.

- Como?

- Você vem comigo, está decidido. Não disse que não queria que isso acabasse?

- Disse... Eu vou?

- Pra nunca mais me largar. Mas tem uma condição...

- Qual?

- O lado direito da cama é meu. Topas?

- Mas eu prefiro o direito!

- Joana!?

- Fechado!

 



Um comentário:

  1. As sardas da Joana salpicaram o meu dia de divertimento. Parabéns pelo conto, Mari! Adorei! Quero mais! Beijos, Gi.

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